segunda-feira, 16 de maio de 2011

O sol nasceu e o sol decaiu.

O fim da madrugada. Finzíssimo da noite. Resto do dia anterior. As nuvens não estão tão densas, são plumas jogadas no céu azul. É um ar tão tranqüilo, oxigênio limpo, digno de pulmões. De luzes claras se abre o dia, apesar de claras, fraquinhas, talvez nos pareça tão alvas por serem as primeiras a penetrarem os olhos. Posso denominá-las violentas? Melhor: pouco sutis.
Eu olho para tentar entender, e a natureza não me explica.
A verdade é que queria escrever um texto que não tratasse de sentimentos. Impossibilitado no momento. Porque a natureza é um cenário para o amor.
Sobre todos nós, nasce e decai o sol, todos os dias. Sobre um belo casal está o sol todos os dias; sobre o solitário está o sol todos os dias. Quem respira o ingênuo ar matutino é o carrasco da noite passada; quem sente o calor do sol dissipado na pele é o motivo de suas lágrimas, raiz sublime de seus delírios, sua amada(o). Quem admira pasmo/consternado o raiar do dia até o bruto crepúsculo, partida do sol é quem o vê e lhe faz de fonte de inspiração e também aquele que nunca se lhe importou o tempo com isso.

sábado, 14 de maio de 2011

Hipocrisia humana e plasticidade das pessoas.


Tenho horror a pessoas plásticas; relacionamentos superficiais. Há em todo lugar pessoas que você simplesmente engole, simplesmente atura. Pessoas vazias que falam coisas desagradáveis, coisas que nem elas mesmas suportam. Mas por que essas peossoas insistem em ser assim? Por que elas não mudam? O que aconteceu para que elas ficassem assim? Talvez uma vivência familiar conturbada ( o que não justifica, mas pode ser um agravante) pode até ser causas psicológicas ou, nã maioria das vezes, pura ignorância. Não se pode confiar nas pessoas. Amigos? 1 em um milhão. É como se houvesse uma barreira entre a real personalidade da pessoa e o próprio relacionamento. O termo plasticidade explica muito bem: uma coisa plástica é uma coisa apolar, condecorada, fria, falsa, e por incrível que pareça há pessoas assim. Portanto, se você tem um amigo, (ignorando o sexo ) ou então um aspirante a amigo, trate-o de forma verdadeira, trate-o de forma que você demonstre a importância que você cultiva por ele. Pode não parecer, mas é simples e não custa nada tentar.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Retórica o amante romântico do séc. 21 (última parte) A morte, nunca o fim..

Enfim. Te ver. Querer explicar o que eu vejo. Querer comportar tuas maravilhas em minha mente. Loucura. Degradação. Epitáfio: Aqui jaz quem muito amou um outro, quem sofreu os espinhos de um amor incompreendido. Aqui jaz quem teve por vida um alguém, um alguém que nunca lhe olhou nos olhos, mas esses olhos ele levava fixo em sua mente. Aqui fica a matéria, pois a existência é incompreendida. Ele se deu por vencido e acabou por vencer. No seu berço de morte, ele não pôde perceber quem olhava a cova, quem apascentava com choro o caixão frio e brilhante que o guardava: ela sentia pelo que via, o conhecia de um lugar ou de outro, mas não sabia que a culpa era dela.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não te ver...

Rodar o dia todo em direção à nada...
Não encontrar em lugar nenhum o que eu procuro
Dias tão inquietos, obscuros.
Não posso me acostumar
Eu canso de ver o dia passar.

Quando enfim te ter por completa em meus braços
Calar a voz do ser
Que resolutamente repete seu nome
Sem mais nada saber fazer

Quando enfim eu te tenho por completa em meus braços
A névoa se desfaz, a morte do eu
As mais estrnhas armadilhas, os mais perfeitos embaraços
As mais curtas despedidas,
Há choros, mas não abraços
E eu acordo.