quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O homem.

Somos feitos de três coisas.
Três coisas apenas:
Lembrança
Momento
Esperança.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A pipa do(i)s mundos.

Uma criança e um adulto.

Feliz da vida a criança empina seu papagaio
Maldosamente o adulto empina seu orgulho

Despreocupada, se deixa levar além pela pipa desvairada.
Se dá ao luxo de prender-se ao emprego enquanto a alma é desvairada

Lança o olhar ao céu para aquele frágil, magro pedaço de papel vê ali o pássaro da esperança.
Presunçoso nas palavras, emancipa qualquer chance de sensibilidade que a vida lhe oferece.

Triste, desolada, arrasada e destruída fica a criança quando o fio do sonho se rompe e deixa, num urro cruel do vento, o papagaio escapar-lhe a mão.
Cansado desamparado aflito caminha quando vê um papagaio no chão, abre um sorriso pequeninho e as portas do coração.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Rompe a tarde num sonho.

Da janela eu vejo a copa das árvores
Vejo um céu alaranjado e límpido;
Pássaros gritando, viajando pelos ares
Ah! Minha janela do infinito.

Um grito rompe a melodia dos bichinhos aéreos,
O mito surge lá nos limítrofes celestiais
Sim, clama a mim a voz do mistério
E ele, o sonho, ousa invadir-me e tirar-me a paz

Rastejando sobre o lodo da indiferença; cruzando o limbo da ignorância
Chegas a mim pelos ventos frios/oblíquos de uma tarde mundana.
Tu, proveniente de origem obsoleta, remete-me a infância.

Inocência, sinceridade, malícia, fragilidade
Era assim meu sonho, mas delirava frente a realidade.

Me engana, me embala, me vista de imaginação
Faz assim da vida uma boa tarde de... inverno.
(não, verão não!)